Os Homens e os minetes vs Fred Maia de Loureiro

Minetes...
No Independente por Ana AnesSete anos de mau sexo.Os Homens e os minetes“ Escrevo esta crónica em plena quadra natalícia, numa altura em que os homens, coitados, na sua pequenez de vista, acham que nós queremos receber jóias, um casaquito do Cavali, um fim-de-semana numa linda pousada, um microondas para enfiarmos a cabeça lá dentro, etc, etc .Nem estão enganados os pobres. Mas o que nós queríamos mesmo era homens que soubessem fazer um minete “comme il flaut”. Eu explico. Estas almas penadas vieram ao mundo com um gene que lhes meteu na cabeça que fazer um bom minete é um dado adquirido. Pois vai uma notícia: não é ! E o mais giro é que, perguntando aos desgraçados dos meus amigos, “Ex” e afins (o leque é grande e a probabilidade de acertar quase igual à da EuroSondagem), todos acham que fazem “o” minete.Extraordinário!Mas alguém se lembrou de perguntar às respectivas ?Não.E todos continuam convencidos de que são os maiores nesta lide particular.Burros! Ora, da mesma forma que nós grandes falsas – esperneamos, dizemos “aaahhh! sssimm hhuuuummm!! “ e nos mexemos “à canal 18” para fingir um orgasmo durante o acto, o mesmo nos estão a meter a cara entre as pernas. Assumindo uma posição tipo “dra Ruth” – é o que chama, no gozo a minha editora-, arrisco dizer que 80 por cento dos homens fazem minetes como os São Bernardo lambem as vitimas perdidas na neve, Lambem, lambem… sem saber porquê e onde. E nós fazemos o nosso papel, para os pobre coitados não ficarem cheios de complexos (de vez em quando, algumas ganham coragem e dizem “querido, não te importas de fazer assim ou assado?” , mas ainda é raro).Depois, há cerca de dez por cento que têm jeito prà coisa : um potencial elevado para um “minete colibri” – Bate as asinhas e “truca”, acerta no alvo sem grandes lambidelas ou aparato. E, finalmente, vêm os abençoados, que já foram como os anteriores mas entretanto leram livros das especialidade e fazem os “minetes de oiro”- coisa rara nos dias que correm .Mais uma vez os caracteres lixam-me a prosa não as ideias. Mas não é por isso que ficam os senhores leitores sem uma ideia para uma prenda jeitosa para o Natal, daquelas que , uma vez aprendida, é só dar.
Resposta Por Fred Maia de Loureiro

Cara Ana,
Escrevo-lhe, não como resposta de uma “alma penada” ao seu artigo sobre a arte do minete,mas sim, dando-lhe a minha modesta opinião sobre o reverso da medalha nesta coisa tão complexa a que deram o simples nome de Sexo!

Como é lógico considero inteiramente válida a sua observação quando afirma que todos nós temos como dado adquirido que aquela “arte” de dar umas “lambidelas” num orgão tão complexo como a vagina é algo inato a qualquer homem!! E isto deve-se principalmente ao facto de que, como disse também com toda a razão no seu artigo, o resultado de tais “movimentos das nossas línguas” ser sempre o mesmo, apesar do “conteúdo dos vossos gemidos” ser sempre diferente, o que vos dá uma vantagem na “categoria de originalidade” em relação a nós...
O problema disto tudo é que esta arte de gemer, que torna algumas senhoras mais originais que outras na hora atingirem o orgasmo (seja falsa ou honestamente), nos baralha totalmente o cérebro, visto nunca serem gemidos directos e conclusivos! Veja-se por exemplo:
temos o seu “ahh!sim!huuuuuuuum!” que não deixa de ser ritmado e profundo, mas aos ouvidos do homem já se tornou uma “canção dé- modé”!
Falemos do “Aiii!! Aiii!! Aiiiiiiii (com aumento crescente de volume)!” Neste caso 90% dos homens pensam: “aiii, aiii aiii o quê? A minha ou a tua machadinha???”
temos o habitual “fffffttttt (ruído baixo e sensual)...........(Pausa)........ FODASSE (alto e bom som)!!” que nos faz logo pensar se foi um grito de prazer feminino, ou se na realidade fizemos Merda...!
Há aquelas que mandam: “chupa.. não chupa”, “Para um lado... para o outro...”, “à volta.. para cima e para baixo”!! Vocês já pensaram que nós através de uma associação rápida de ideias podemos ligar estas vozes de comando ao Marco Paulo quando canta “ E mexe, remexe ...se encosta, se enrrosca... Se abre se mostra pra mim.. tralalala”... Já imaginaram o mau que isto pode ser???
temos um “Grrrrrr! Miau, miau!” que nos faz pensar que somos uns verdadeiros gatos e fomos capazes de transmiti-lo através da vagina de Vossas Excelências, ou então, que somos uns gatitos e que devíamos estar é a brincar com novelos de lã!
estes são só alguns exemplos de “canções do bandido” que por ai andam!

Agora gostaria de mostrar a minha modesta opinião sobre a “Mulher e o Broche” ou “O Broche da Mulher”, como lhe queira chamar...
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Todos sabemos que todas as mulheres sabem pegar num pénis e “pô-lo na boca”; até aí tudo azul...agora pergunto-lhe eu, quantas mulheres julga você que sabem realmente fazer o que nós homens chamamos Broche??

A verdade é que muito poucas, minha amiga!
· Umas praticam uma “acção” descoordenada de movimentos entre o pescoço e a língua como se fossem pica-paus à procura de uma qualquer lagarta...
· Outras optam por movimentos suaves e lentos como que a comer um Calipo em pleno Inverno; e digo em pleno inverno, porque se fosse verão, derretia todo dada a lentidão da coisa...
· Outras pensam que aqueles ruídos todos, como quem está a chupar um bocado de leite que caiu em cima da bancada da cozinha, são algo de extraordinário para o homem...
· Há também aquelas que puxando ao instinto maternal optam por, com as suas línguas bem postas para fora, fazer uma limpeza externa ao pénis como se fosse leoas a limpar as suas crias recém nascidas...

A VERDADE MINHA AMIGA, e que fique para o registo:
o que todos nós queremos é que vocês deixem de ser tão só uns pica-paus, umas devoradoras de calipos, senhoras de limpeza de balcões ou umas leoas, e que comecem de uma vez por todas a fazer uma fusão entre estas habilidades todas e nos façam ter o verdadeiro prazer que essa “arte” proporciona ao homem!! AH!! E O MAIS IMPORTANTE DE TUDO: DEIXEM DE TREINAR SOMENTE “O ENGOLIR” A PÍLULA SEM ÁGUA E COMECEM A APLICAR-SE EM “O ENGOLIR” OUTRAS COISAS TAMBÉM... NÓS AGRADECEMOS!

Atenciosamente
Frederico M.l

P.S: Muitos parabéns pela categoria e coragem do seu artigo! O que lhe escrevi foi apenas uma brincadeira dentro do contexto do seu artigo...