sexta-feira, 26 de junho de 2009

O fenómeno do macho na areia




Este artigo (se assim me autorizam a chama-lo) é dirigido a todas as senhoras com todo o meu respeito e apreço.




Gostava que interpretassem tudo o que se segue, como uma exposição pura e dura de uma realidade sem qualquer intuito machista. Penso que está na altura de expormos determinados aspectos que tão bem distinguem a Mulher do Homem!!



São muito poucos os Homens, aliás, não há Homem que goste de chegar à praia com a bela da lancheira numa mão e guarda-sol na outra. Quanto a isto, aconselho todas as senhoras a comprar um protector solar bem elevado e a papar muito antes de saírem de casa, assim, estes dois itens tão pouco estéticos podem ficar arrumados na garagem! Ah é verdade.. no final do artigo confesso-vos a outra razão pela qual queremos que estes itens fiquem na garagem!



E de mãos a abanar lá vamos nós para a praia...



Já bem instalados e o grupo reunido começa o “fenómeno do macho na areia”:
Durante os primeiros dez minutos, nós, os machos da areia, ouvimos as nossas queridas mulheres falar de temas tão interessantes como o novo biquíni/triquíni, a kanga que é linda de morrer, o creme para o cabelo que deixa as pontas lindas, as havaianas que ficam a matar, os pêlos que foram tirados a laser ou ainda à moda antiga, à base da técnica da fita cola e outros temas mais...
A verdade é que estes temas, mesmo que seja um dia menos quente, nos dão um calor repentino o que faz com que rumemos ao banho onde começa o “nosso ritual”.



O primeiro mergulho é bastante importante para marcar posição, por isso, reparem que mesmo com a água gelada a entrada é sempre feita sem hesitações e possivelmente com um mergulho carregado de estilo e glamour.
Acabada a banhoca está na hora de sair da água, e não há homem que se preze, que mal tire os calções de dentro de água, não dê um jeitinho para endireitar os mesmos. E sabem porque o fazemos?? Não.. não é porque estamos de calçonete torto ou que possivelmente tenha ficado amarrotado. Fazemo-lo porque existe a grande probabilidade de a água estar gelada ao ponto de o nosso querido Nélinho (vulgo pénis) se recolher na toca que nem caracol ameaçado. E por nada neste mundo, poderá ser uma situação momentânea destas, a pôr em causa a nossa masculinidade!!



Já cá fora reunimo-nos em circulo à beira mar enquanto vocês continuam deitadas à conversa.. Perdoem-me se me engano, mas acredito que nesta altura as senhoras já debatam temas mais interessantes dado não haver machos por perto. Temas tais como: se os homens são ou não todos iguais, o tamanho deste e daquele, se é bom ou não na cama, a sorte daquela amiga que não tem dores menstruais nenhumas, se é justo que esta e aquela andem por ai a pôr os cornos ao marido, e ele viva feliz a pensar que tem a madre Teresa em casa, etc, etc...



Pois é minhas amigas, quanto ao vosso mundo não me posso exprimir com certezas, mas conto-vos que o nosso circulo à beira mar plantado reza assim:



Os primeiros quatro minutos há sempre uma conversa cultural/económica , só para nos enganarmos um bocado. Passada esta fase parva, os machos começam a comentar a praia... e não me refiro lógicamente à bandeira ou aos caixotes de lixo. Refiro-me sim à quantidade/qualidade de “gajas” que por lá andam!



Terão oportunidade de verificar que as nossas cabeças deixam de ser para pensar e passam a ser o que irei denominar de Gira-Cú, isto é, inspirados no Gira-Sol que tão bem acompanha o seu “mentor”, a cabeça do homem começa a girar em função dos rabos das meninas que vão à água. Durante estas observações existe sempre troca de opiniões sobre a qualidade dos rabiosques, mas reparem que fazemo-lo com um ar tão sério e intelectual, que parece que estarmos a discutir economia ou política....este é truque que se passa de geração em geração!!!



Muitas vezes poderão observar os machos “à luta” ou “à pancada” como as senhoras tanto gostam de dizer... Notem que este fenómeno só acontece quando está uma “gaja” boa por perto, e confesso, que existe uma combinação prévia do vencedor desta batalha, ou seja, nós homens combinamos qual de nós vai ficar bem visto perante a praia nesse dia... Um dia um, outro dia outro...



Há também aquela altura em que uns estão de pé e outros deitados... dentro dos que estão deitados, existem os que estão de barriga para baixo e os que estão de barriga para cima. Quanto a estes últimos, na maioria das vezes, tratam-se de gajos com a barriguinha menos cuidada. Deitados a coisa disfarça melhor, e se se colocar os braços esticados para trás o corpo fica quase perfeito.. “e esta hein???”. Os que se viram para baixo estão excitados (vulgo tesão), ou seja, o Nélinho deixou de ser um caracol e passou a ser uma cobra. É verdade que também existe a solução de ir a correr para a água o que fará renascer o caracol e matar a cobra, mas na minha modesta opinião, mais vale fingir que adoramos areia e abraça-la como se não houvesse amanhã!!



Passadas umas horas de lutas, mergulhos, abraços à areia e outros comportamentos de macho, a sede aperta... É aí, que entra uma das fases mais importante do dia para qualquer homem com um H grande.. A Esplanada a beber cervejas e a comer caracóis!!
Como vos tinha prometido, aqui está a outra razão que vos falei no inicio... a lancheira está guardada na garagem... não há nada para beber... nada para comer na praia.... ESPLANADA com eles... reparem que está tudo muito bem pensado!



Existiriam muitos outros momentos que caracterizam o “fenómeno do macho na areia”, mas irei deixá-los para outras escritas.. Por enquanto, despeço-me com Amizade.



Ah é verdade... em relação aos homens...somos todos iguais sim Senhoras!



P.S: peço desculpa a todos os machos cujas mulheres vos comecem a obrigar a ficar sentados ao lado delas o tempo inteiro, mas caso vos console, mais tarde ou mais cedo elas adoptam-vos como “gaja” e ficarão a conhecer melhor o tão complexo e fascinante mundo das mulheres (digo fascinante com a maior honestidade do mundo).


Cumprimentos



Fred Maia de Loureiro

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